Reviver:sugestões para a mente

Um enfoque distinto para sua digestão e trabalho mental. Porque a vida pode ser mais rica dependendo de nosso foco.

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Médico de almas.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Re-avi-vendo




Pode parecer que as coisas aqui funcionam muito morosasamente a todos os leitores que um dia bateram os olhos nas letras deste blog,contudo devo confessar que além de preguiçoso para digitar em migalhas as letrinhas eletrônicas, também quase nunca disponho de tempo.
Perdoe-me Joana.
Perdoe-me JG
Perdoe-me o resto deste meu povo-leitor que tanto tenho consideração.

Queria reaviver assuntos passados deste blog, frutos de muitas noites adentro, de forma a gerar reavaliações do mesmo. Devo confessar que o estilo massificado dos blogs não me agrada muito,porque as mensagens mais antigas vão de alguma forma se apagando com os novos posts...

Enfim, como retribuição pelos dias em silêncio e pelos simulacros de posts que terminei desistindo enquanto compunha,quero falar hoje sobre cor e traços. Esquecendo um pouco deste papo de guerras, conflitos humanos, gritos de dor incompreendidos, para cair naquilo que o "homem produz entre os homens" e que vive a se reproduzir sucessivamente, nesta inércia impressionante que os fazem pôr em comunicação uns com os outros. O que alguns têm como algo tão efêmero é para mim algo tão pequeno e valioso,como por exemplo, neste excerto:

"Os livros de poemas devem ter margens largas e muitas páginas em branco e ser suficiente claros nas páginas impressas, para que as crianças possam enchê-los de desenhos - gatos, homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes, automóveis, cachorros, cavalos, bois, tranças, estrelas - que passarão também a fazer parte dos poemas . . ."



A nossa pintora decidiu pintar primeiro a folha para que,em seguida, um moço chamado Mário Quintana pudesse preencher com seu poema:

"As grandes damas usavam grandes chapéus
cheios de flores e de passarinhos
As flores feneceram
porque até as flores artificiais fenecem.
Os passarinhos voaram
E foram pousam nos últimos parques onde iludem agora
os seus últimos freqüentadores.
Se as grandes damas usavam grandes chapéus
cheios de flores e de passarinhos"

Mário Quintana conhecia bem este movimento-criança. E será que nós também não conhecemos disso,nem que seja um pouquinho?

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Doutor q bom q voltou!
Saudades!
Abraço!

2:40 AM  
Anonymous Anônimo said...

Ei!
Esse poema é da antologia do Mário Quintana?

1:22 AM  
Blogger Na casca de limão said...

;)
Álvares de Azevedo tem razão.

10:35 PM  
Blogger Dona Betã said...

Eu sei que esse calor convida à preguiça. Eu sei que quando vivi por aí só me apetecia estar no chuveiro ou na praia. Eu sei disso tudo.

Mas, Dr, abane a cabeça, dê-se um puxão de orelhas a si próprio, ande com um chuveiro portátil, mas não deixe o blog parar!!!!

Se todos os homens cultos dessa terra se deixassem bater pelo calor, hoje teríamos Drumond, Amado, Ruben Fonseca, Melo Neto, Quintana e tantos e tantos outros que nos enchem de orgulho por terem tratado tão bem a bela língua que temos?

Um abraço e um safanão do sempre amigo
Jacinto

10:48 PM  

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