Dramaturgia da massificação - Esquecemos de ser humano?

“O drama humano pode estar batendo em nossas portas.”
Anônimo.
Vejamos os primórdios: Na idade da pedra, grupos nômades eram formados para que estes pudessem sobreviver caçando, pescando e reproduzindo em conjunto. Era lei de sobrevivência e eles precisavam um dos outros ou morreriam. Com o passar dos tempos, o aperfeiçoamente de lanças ;arco e flechas dentre outras ferramentas, ficou mais fácil conseguir alimento.Bastava cortar umas madeiras, limar e pronto, lá estava poupado os esforços de mais alguns muito homens. Inaugarava-se a individualização do homem que vive em sociedade,com suas crenças leis e regras sociais, que vão desde o matrimônio até suas leis morais mínimas de respeito e aceitabilidade diante dos padrões sociais. Com a inteligência e praticabilidade mais se produzia e menos mão-de-obra se é necessário.
Conforme fomos avançando no tempo, o homem foi se distanciando um do outro, posto que poderia já fazer o que bem lhe conviesse bastando ter consigo o único recurso que poderia fazer este elo de comunicação...o capital.
Atualmente, quando vemos um metrô cheio ou algum centro metropolitano muito movimentado, percebemos nas pessoas muito mais um estorvo do que uma companhia tal qual remotamente se pensou. Pensa-se:"Isto me agrada, eu compro. Isto não me agrada não compro. Isto posso e isto não posso. Aquele homem parece ladrão, aquele outro também..Devo ajudar uma senhora alí, porque Deus irá me salvaguardar,etc.". O gênero humano começou a se cercar entre um sistema de trocas tão obtuso e circunscrito em uma dada região que parece que a sua vida é feita de apenas dois mecanismos:te dou isso e recebo aquilo, na forma de um escambo muito primitivo.
E isto tudo gera um pavor social muito intrínseco a quem vive em um centro com elevadas diferenças sociais. O outro é visto como rival ou como objeto de aprovação própria,longe de ser tratado como igual...nem mesmo as famílias se preservam neste quesito! E se alguém faz algo sem nada em troca, já o chamam de asno ou ingênuo. E é justamente isto que descartam por ser ingênuo é que chamo de humanidade ou cidadania(se prefererirem), em respeito mútuo pela vida e pelos outros que estão a viver seja em qual caminho estiverem. Se estiverem bem,sem agredir o outro,porque mal caminho? É uma opção que devemos respeitar. Mas a massa exige e quer ser mais massa do que gente e por isso sofre em seus pingados com a desumanização crescente de sua forma cada vez mais expansiva e de conteúdo de baixa qualidade...
Poupe-mo-nos disto. Será isto difícil seguir ou apenas a opressão e a dor poderiam nos guiar para tais caminhos?
Pensemo-nos mais...
"A linguagem do coração é universal, só é preciso sensibilidade para entendê-la"
Charles Duclos